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sábado, 24 de março de 2012

Perfil

Uma coisa muito complicada. Eu, uma forma de geração 51 e que foi jogada fora. Se tenho 51, nada, eu tenho...59.Querer me imitar? É difícil. A forma meu pai jogou fora mas estou aberta a negociações.
Eu sou menina até porque o espírito é de 15 à 100 anos dependendo do dia. Detesto silêncio e vivo envolto nelo, é dose. Chamo o prefeito de Creisson e, na cara do mesmo. Sou dona dos meus atos e prisioneira dos mesmos. Se gosto de política? Bah! E faz tempo. Sou amiga de todos mas uma naja também, detesto hipocrisia e meu idealismo acabou. Moro na vila, amo e a detesto. Se tenho partido? Tenho o meu. São meus amigos os políticos daqui? Muitos são. Até porque sou meio histórica na vila, de Tapir a Creisson conheço palmo a palmo a coisa.
Eu sou a caturrita louca que o Enìsio fala, a propósito, o coitado está no Ministério Público. Dou pau na CEEE e sou amiga da gerente e quem manda na Corsan é irmão de uma amiga minha. Faço chover. Tenho face mas não tenho PC, uso óculos...deveria mas deixa para lá. Sou bióloga de bota e não de sapatinho com medo de olhar os pés na grama. Quando eu penso, aí é que mora o perigo. Não sangro mais. Já imaginastes chegar em casa cheia de amor para dar e aí aquela coisa básica de OB o dia todo e sem banho, nossa acabou o sonho da foda. É um cheirinho desagradável mas, tem quem goste. Eu sou morena clara não sou loira e não me pinto mas, gosto de um pinto, até porque sou mulher né. Adoro coisas difíceis e um teste me aguça as ideias.
A coisa é complicada. Já fui tudo, e deste tudo sobrou o que sou, uma misto de tudo e do nada. Debochada até porque eu debocho de chapéu de vaca. Se eu me acho, me acho e sou. Comida preferida: adoro galinha mas não gosto de galinhas. Fui casada e não deu. Também, como sou o homem tem até medo. Faço mulher virar chinelo, fazer o que? Deixa na reta, deu! Mentira! Eu detesto mentira. Mas um dia eu resolvi mentir e me quebrei. Pra quem? Para o jovem que hoje está comigo. No meio da mentira da idade caí no hospital e a verdadeira foi descoberta, droga. O hospital da vila, nossa, 10 horas para ser atendido.
Conheço pessoas boas e ruins, importantes ou não. Sou um leite, de branca mas adoro um tambor. Para mim padre não existe e batuqueiro patife passa reto. Detesto novelas. Não sou lóqui, como diria o Shrek da secretaria de cultura. Eu só queria dar umas aulinhas para não ter que estar passando o chapéu. Falando nisso, baixa a cabeça, pode bater.
Organizada e chata, depiladinha, afinal sou daquelas que fica imaginando mulher porca. Tu estás ali inspirado cheio de amor e... tira a cinta (ela), cai todos os babados e lá vem aquele cheirinho. Amigo, se eu fosse homem seria terrivelmente chato por cima rendas, por baixo trapos dobrados. Não tenho silicone, os seios são meus, queria tirar as ruguinhas do tempo mas a minha barriguinha, jamais. O Cristaldo até se ofereceu mas a cara dele era uma sanfona e desisti, deixa assim. De bucho tive um filho que não vingou, de alma tenho uma que está ficando coroa. Fui uma jovem que nunca puxou um fumo mas, tomei um trago de chope que ninguém merece. Não desmontei lar nenhum só dou pau em jornalista que se esconde atrás de telefonista. Esta é para ti Cristiano do DV. O Fábio até tentou me imitar, mas não deu. Adoro beijar e ser beijada. Eu complico um pouco com os presentes, fui coelho e papei noel. Lembrete: nunca esqueça do OB.
Sou inteligente e muito, até porque burro não me enxerga. Assim eu sou. Alegria, alegria, Virgínia todo dia mas, quando emburro é cruel. Sei lá porque acordo as 6h30 da manhã e a noite durmo que nem uma louca. Poderia ser vereadora mas sem grana é difícil mas...fica o sonho, a minha vida é um sonho. Obs.: o texto entrou agora porque a vila anda mal, CEEE. O temporal nem veio e a luz ficou em meia fase. Vou até Brasília mesmo estando em Viamão. Esta sou eu, Virgínia “dona do blog”. Amigos, muitos. Inimigos, vários. Eu sou a louca do Ipê mas, sempre com vocês.

quinta-feira, 8 de março de 2012

MULHER

 A culpa é tua! Quantas vezes tu ouviste esta frase? Creio que mais de mil vezes e a culpa? É tua.
Foi a primeira a ser descoberta por um geólogo na África! Culpa? Tua.
Dos primórdios dias, alguém disse: “não se bate em uma mulher nem com uma rosa”! Mentiu pra nós. A mulher galgou degraus? Galgou. Houve um tempo que uma Biana qualquer, a luz de um lampião perguntava ao seu Sr.: “O Sr. Me usará hoje?”. Era ou não, mas assim era. Na Senzala? Tu preta mas mulher também te vendia, em troco de liberdade. Galgou alguns degraus? Galgou alguns. Ane Franck, 15 anos, viveu e escreveu seu diário em um esconderijo durante a Segunda Guerra. Mulher com 15 anos. “Senta direito, menina”. “Fecha as pernas” menina? Ainda nada pode. Dá uma bonequinha (ela é ou será a futura mãe!). Tu és culpada. Ainda/ Te chamaram de china, pois largastes teu sapateiro e rumaste a luta com teu amado. Maria Bonita, abortou teu filho, lutaste na caatinga. Culpa tua. Sangras mês a mês para ser mãe. Educas, chora, longas noites, acordada, e? “Manda calar a boca, quero dormir” A culpa é tua! Queres ser mãe para perpetuar a espécie e ainda houve: “É cria minha!” Estou sendo cruel? Olha, temos uma coisa que Eles não tem; sexto sentido. E não falha. Falta luz: “culpa tua”. Daquela que quieta ainda chora baixinho, faz beicinho (como foste cantada por Erasmo). Tu és culpada. Sonhar, é teu erro. “Sai da frente, só podia ser mulher” és tu no volante. Mas é mulher. Quem para o macho? Tu és culpada do mundo, culpada disso e daquilo. Se fores inteligente? Coitada, serás louca. Se és burrinha? É avaliada pelos quadris e pernas. Bonequinha de luxo. Não engorda, serás chamada de bucho. Olha mulher, não galgamos muito, não ganhamos pouco e trabalhamos mais. A culpa? É nossa. Falamos uma da outra, reparamos em cabelos e roupas. Nota uma coisa: dez homens que não se conhecem e 10 mulheres. Eles? Se dão em 5 minutos. Como há mil anos. Nós? Caladas em um canto. Ministras, Governadoras, Vereadoras. Em dia de mãe? “De uma panela para sua mãe”. Mulher? Nem todos são iguais. Mas com um ticket refeição te deram um dia: 8 de março. Colher de chá. Todo dia é dia de mulher. Tirastes o sutiã um dia. Deixa teu seio livre, anda contra o vento sem lenço nem documento.
Pois a culpa é dele, que nos descobriu na pré-história. Ela (nasceu contigo). Eu te dou um presente.
Até aquelas que estão ali na estrada e a vocês que fazem a vida, obrigado. E tem pena de quem ri de ti e que te nota. Tu inicia, para as outras, os lindos príncipes encantados. Maria Madalena também era mulher. Porém, terminando aproveita o teu sexto sentido, te faz bruxa. A propósito, se ganhares mais que teu marido, também serás culpada. Homem olha ao teu lado, ela está aí porque te ama e se tu mulher tiveres medo, levanta e anda, não foge.

sábado, 3 de março de 2012

Pontinhos

Há um burburinho na Vila, até o nome dela mudou. Depois de tantos anos e ainda assim algo aconteceu.
Um “bus” enorme passa por um pórtico lindo, lindo, lindo e chama a atenção dos ocupantes.
    • Ohhhh.
    • Puts, que lindo.
    • “Tá” rasgado.
    • Não, é arte.
Não tem acidente aqui, é um paraíso.
    • Claro que não tem, é uma cidade muito segura. O que disseram é só boato, que alguém entrou meio “goleado” em uma “garagem”.
    • Hum.
    • Quem lindo né.
    • Bah.
    • Segura a câmera e filma tudo.
    • Sim pinto, pode deixar.
VILA ISABEL.
    • Entra aí. É aqui?
    • Claro, até a Ranzolin já esteve aqui, o Tataio. Alguém grita, olha a recepção Pinto.
    • Alegria, alegria.
    • Mas o que está acontecendo aqui? TV?
    • Pinto, nós te avisamos, tu é o cara da AGERGS meu.
Um obeso hoje de barba com a bunda de fora, agita a torcida: Pinto, Pinto, Pinto, afinal é um pinto né, isto encanta.
Mas tudo iluminado e o Intendente e sua sombra recebo os convidados aos ritmo da bateria, o Clero benze a turma e o Fred toma uma decisão:Eu não saio nesta escola de destaque (A Virgínia te avisou Frederico).
O material foi sendo montado e o povo foi se agitando para ver melhor as coisas, até porque no garotinha do mar, fomos até ali, o rio.
A Vila tenta. Mil mãos, mil chapéus, abanam e sorriem mas, quem são eles? São os prés. A imprensa da Vila não se mixa, de atadura todo quebrado, o cabeça está lá na área. O traste esquece o grau do Tatata Pimentel e sai na escola dos cinco rios. Quem fez o samba? Mais um Ari da vida. Enganou o cara da Corsan que procura o rio até hoje. Puts. Festa é festa.
    • Registra, diz a Rai. São catadores de latinhas.
    • Boa tarde, uma palavrinha aqui, recicla?
    • Sim, é para a coroa do rei momo.
    • Uau, e as pets? Essas iremos vender, para pagar as “lâmpidas” da porta-bandeira da “iscola”. “A coisa aqui é complicada”.
    • Mas que barbaridade tchê.
    • Cadê o emo?
    • Olha tchê, vamos emprestar um aí, não sei quem é.
    • Pinto, Pinto, Pinto.
    • Mas afinal o que é isso? Arroz com leite, quero brincar, pra uma pampa cats que eu mostrar.
    • Segura a perereca grita um. O diário que mostra tudo ao contrário entra em cena, o que está bonito passa a ser ruim. Alguém pergunta:
    • Professor, o senhor trouxe a máscara?
    • Claro, eu sou a fera da chinelagem.
A avenida se ilumina e quem chega? Lasier.
    • Eu não me seguro em nada, dá choque.
Alguém diz:
    • É trauma.
    • Quem desfila primeiro?
    • Bem, na verdade eu não sei mas o pombo é o último.
    • O senhor é da câmara?
    • “So”.
    • Qual o quadro político?
    • Tranquilo. Só “vamu devolvê” o vale “bóia”. O juiz mandou.
    • O senhor acha isso normal?
    • Olha nós já “comemo até né, agora nóis devolve”
A Aita “loiréssima” pergunta:
    • Beatriz, isso aqui é seguro?
    • Minha filha, sei lá. Isso aqui é o óh.
Nós estamos orgulhosos com nossas praças lindas, de pneus e madeira. Fazer o que? Grana no bolso e “bóia” na mesa. Quem não quis ser citado, se ralou. Aqui vai: Foi para a Bahia e só comeu no shopping. Aqui não tem. Saudades da “Lolo”. Viamão está na Copa? Quem o Ventura? Está que nem o Inter, só em sonho. Aqui tudo é possível, desfila na avenida um candidato que nem daqui não é. E o Clero? Vem com os “velhinhas” atrás. Alguém olha ao lado e diz: Olha o Argollo. É o Simers que vem fechar o “Pital” que espera o jornal, limpinho para bater lindas fotos. Fecha a “UPA” que só trabalha em horário “comercial”. São cinco rios, assim como Alegria, Alegria, tvs e rádios, a Vila inicia seu carnaval. Até o “Baldi” veio.
    • Vai a merda.
    • Calma Baldi, estamos no ar.
    • É que esse gordo desgraçado me bulinou.
Ao lado tranquilo um professor diz:
Vamos brindar, abrimos o ano finalmente com o Blog da Virgínia, a louca. Bem-vindos. O suicídio agora é ter que engolir, mas eu também engulo muito. Valeu Demétrius e muito obrigada Alex, o homem que eu amo e que fez o blog. Abraço aos meus grandes amigos, Léo ao Escobar que deu a ideia. Esses são meus doces. Para o “Alberto Roberto”, eu dou a pimenta. Esse será o primeiro de tantos. Beijinho, beijinho, pau pau.

PS.: Por favor, comentem.

Sucupiriando II

Não esqueci do Cotoco não, mas a vila anda a mil. Como disse um amigo meu, de pá em pá vou juntando a merda e colocando no cubo. O “cubo” era a antiga patente volante. Até jogá-la no ventilador literalmente. Cá entre nós, isso me diverte.
Não se motivados ou não pela mudança na Capital Federal, a vila recebe o efeito cascata. As mudanças foram tantas que ainda estão dando pano para a manga. O novo pasquim vai bem, só estou com um pouco de pena do pé de arruda, que nem tão novo assim é e nunca deu sorte. É assim “ó”: inteligente professor não tem vez. Na rádiodifusão se atracam no pau e a vida do intendente vem à tona. Nepotismo. A coisa mudou de nome, de namorada virou nepotismo. O gato mia e dedura: a filha também trabalha lá. CALA A BOCA e ainda quer ser o que? Vereador. Te mete.
Voltando a real o da cruz volta beatificado da terra santa, Jerusalém e, faz questão de dizer que a vila é dirigida por todos. Quem é o próximo então?
CAPITÃO NASCIMENTO E SEUS CAVEIRAS. É um jogo de xadrez incrível. Depois de vários avisos um órgão aí que abastece as pessoas com um líquido, incípedo, incolor e inodoro “tá” sestroso. Manda o currículo, quem sabe não sai o bate-bola na mesma? Continuo dizendo, júlio é frio. Quem manda é o Dutra. Quem disse que não tem chefe, ele é frio e índio. O pior de tudo é que ninguém presta na Cultura. Um tem a perereca solta, emagreceu. O outro é sem-terra, o da galinha assume, e de sabatista nada tem, foi sambar. Dá tempo ao cara eu segurei o pau certo. Engole gato.
Dentro da difusão entre babas e fofocas, retornam os antigos. “Não volto mais”. “Não quero mais ver a cara dele” mas, estão aí tomando chá na mesa do bar. Só dá lima e laranja, fazer o que? E alguém me pergunta: tu escuta? Bah? E como.
Sucupiriando mais ao fundo bateram agora no de Cachoeira tadinho, eu avisei, não ouviu. Ele parece um cão farejador (o gato). Acha as pessoas em qualquer lugar e continua falando no aniversário que passou só, mas passou. “Alzheimer”. Estes dias levou um Jornal O Sul para casa, encantado no bumbum de uma atriz. Pode?
Conselho: Cuidado à todos que estão sugando os IPTUs da vida.
Agradecendo: ao intendente e/ou assessores pelas mensagens porém, não vou à inauguração de sinaleiras, pois não sou azulzinho. Mas uma coisa eu descobri, quem responde o orkut é batuqueiro. Deixou furo eu puxo. De horóscopo em horóscopo a carola joga búzios.

Agradecimento ao Escobar:

Cara, não receberei nunca o troféu, eles me engolem, mas valeu. Ninguém sabe da lei, a liminar ganhou.

Pérolas da rádio:

“Vem com nós”. “Obrigado aos que nos houve todo o dia”. “Fique com nós”. Aí não dá, fere o ouvido. Cultura não é “curtura”.

Tem gente recebendo em rpa. O que é isso? Sei lá.

Parabéns ao pasquim e ao alemão. O que está errado tem que ser mostrado. Bem o cubo está vazio, mas há pérolas a serem buscadas bem no fundo.

Glossário:

A vila = Viamão
A cruz = o Vice
O intendente = o Prefeito
A radiodifusão = quem acertar ganha um doce.
Obs1.: Quando entro no msn, vejo o Sarico sempre on-line. Hummmm.
Obs2.: Te cuida Mano, tem um cara aí querendo o teu lugar.
E cadê o Cotoco? O cotoco foi atirado no mar, porque pensaram que ele era um Quelônio, ou seja, uma tartaruga. Depois da escolha da côrte todo mundo estava bêbado. Te cuida Ademir, a tia não solta.

Sucupiriando

Hoje eu tinha que dar “o ar da graça”, sucupiriando a vila de Viamão.
E a fera voou, juntamente com mais quatro, rumo à Capital do País. Creio eu, pela discrição da aeronave, que a ida foi pela WebJet, faltava espaço. As perspectivas do Capitão Gay (vide tatuagens rosáceas), eram ótimas: falar com o Senador dos pobres, com a senhora redentora do Rosário e assim por diante. Havia um porém: o Senador estava no Estado há uma semana e a senhora do Rosário havia dado uma entrevista para uma rádio da Capital. Não sabia, não leu seu horóscopo.
E deu Gol na volta. Olha só o que deu tempo para ver na Capital dos marajás. Viu as meninas “zonais”, afinal isso não poderia faltar, é lei para ele, auto-afirmação do azulzinho. Falar que comeu caro? Barbada. Quem pagou? O frio, pois também foi. Mas fiquei impressionada com o depoimento dado pelo mesmo quando dentro do gabinete do senador “tadinho” sentiu vontade de fazer xixi “Eu entrei no banheiro do Senador”!, que mara. Alguém duvida que o “tadinho” não possui ânus. Mas, o senador é o senador né? Creio que na coluna que escreve o capitão, terá somente fotos, afinal, bateu várias, até com os empregados. Quando disse que dormiu junto com o parceiro eu parei. NÃO HAVIA MAIS DÚVIDAS, imaginamos a cena: O frio trovando com ele, a fera ou gato, que afirmou estar protegido com roupas de couro. Quem será?
Eu aprendi um velho ditado: Quando o pobre não ve a merda, quando vê se lambuza. Claro que não viu pobreza na majestosa capital pois, andou somente nos ministérios com o chapéu na mão! O presidente, como está sendo chamado agora o frio também estava muito feliz, pegou a boquinha na fábrica de água. Era tanto baba ovo na rádio-difusão que a clara saia pelos botões do radinho. Se o capitão gay vai? Vai sim, como presidente. Quanto tempo dura? Ora, ora, o maior comerá o menor, até o mesa de bar estar de volta. Obs.: Te cuida ex-prefeito, o trem pega.
Sucupiriando eu estou pasma, com as estatais, quando não é luz é água. A adutora estoura em Alvorada e perde a FG. Eu gostaria que não, é pessoa fina, quem viu isso foi o Dedo. A luz, bem está de fonte segura que meu amigo sobe os degraus da matriz “da Cia”. Mesmo com poste estourado, gatos espalhados por toda a vila, o cara subiu, depois batuqueiro é podre. Fala sério. Voltando ao assunto já conseguiram imaginar o banheiro do senador recebendo a carga do capitão? É cruel. Anos são anos, elípticos e não redondos e tudo que entra, sai. O intendente protege a família, um vende seu peixe na feira, outro poda árvores com motossera e o mais protegido de todos, que puxa uma rama, é papai-noel do Creisson. E pasmem, eu até fiquei penalizada com a história do coitado. Ele nunca vendeu pastel. O presidente e a rádio difusão, inicia contra o intendente a grande guerra dos tambores do carnaval. Vai frio, solta a grana e paga as contas. Muitos não receberam e vai avião e volta avião. Em Sucupira enterraram Odorico Paraguassú aqui, não tenho a menor idéia do que dará. É um “puxa saquismo” que até o clone do Enéias chorou por ter sido bem atendido pelo hospital da vila. Surpresa ele queria ver o Ortiz de bermuda e chinelo no ministério. Coitado do amigo do quarta-feira. Assim ando eu aqui e na Bahia mas, é que sou curta e chinelo mas, no banheiro somos todos iguais e, assim vamos sucupiriando por aí. Aos poucos o Cotoco vai surgindo na outra rádio difusão que nasce, lentamente. Quem é o Cotoco? É história para a outra vez, senão quem digita me mata. Quanto aos árabes: Saramaleico salam ou seja, sejam bem-vindos. A coluna da vila sucupiriana chama-se de Vi-a-mão. Noventa chaves, noventa portas, noventa pessoas, noventa salários, noventa dormidas. Foi um deles que descobriu e é árabe. Até a história do Cotoco.

Quanto vale teu voto

Eu resolvi abordar seriamente a política de Viamão e de um todo. Falei em escambo (troca), satirizei a nossa vila mas agora é necessário perguntar quanto vale o teu voto.
A política tão linda e tão suja, vai piorando há tempo, inevitavelmente rápido. Um voto hoje, deve ser bem pensado e muito. O nosso direito de dar o aval de roubos ou não. Quanto vale o seu? Não é necessário falar em Brasil pois, a continuidade é aqui, na pacata vila de Viamão que fará um triste aniversário. De presente, recebe o velho “IBIAMON”, um presente recheado de coisas tristes: a saúde zero, hospital atirado e sem médicos e que o povo agoniza com convênios ou sem.
O desenvolvimento? Também zero. Dirão louca, não, observe: Mu-Mu mudou-se da Capital do Estado para cá. Veio com todos os seus funcionários. A Brahma (Ambev), muitos baianos eu vi construindo o prédio pois, sabiam como ele deveria ser feito. Onde era? Onde hoje está localizado o Shopping Total. Mudou-se afinal, esse município abriga a tudo e a todos. Verdade.
Ferramentas Gerais, conheci no Banco de Crédito Real e era lá. Está aqui. Alguém de Viamão trabalha nesses locais. Nem pedreiro construiu algum prédio. Nos meios de comunicação da mesma, o Vila Ventura é só para quem pode e no meio do barro. Estamos à deriva.
Falar em voto é pedir que analisem onde habitamos ou escolhemos para viver. Como estão os ônibus? Lotados, serão sardinhas os Viamonenses?
A sua vila, pois somos um conjunto de vileiros, como está? Alagada como todas as covas do cemitério.

QUANTO VALE O VOTO? A CESTA BÁSICA.

Nem um Cáceres ou um Tiririca consegue parar. O bolo é bom. O seu voto, é um salário mínimo o deles, é R$ 8 mil. Pois, para melhor nada fazer, é necessário aumentar.
Está na lei: é proibido comprar o voto com cestas básicas ou trocas, é mais que escambo, é aproveitar-se da fomo para eleito ser. Um município pobre? E há pessoas que perguntam de onde sai o dinheiro dos pórticos: do seu dinheiro, do iptu, do issqn, dos impostos, do seu bolso. E você se sente tão importante pelo Orçamento Participativo. Eu já me “achei”, até “arder” no meu bolso 6 x R$ 400 para calçar somente a frente da minha casa. Você sabia que tudo é terceirizado e não é de hoje? Quando o PMDB governou nossos parceiros buracos estavam aí, quem fez desfilar máquinas no 7 de setembro, atrasou os salários e morra hoje no litoral. Outros são partes interessadas de cursinhos, consultórios dentários e assim vai.
QUANTO VALE O SEU VOTO? A BOLSA FAMÍLIA? EMOLA. FAÇAM FILHOS.

Comerão mas não terão cultura, lazer e saúde. Olha a disparidade, R$ 500 para R$ 8 mil é cruel. Obs.: cada um que está aí possui lojas de tecidos, cursinhos, escolas particulares, cargos públicos no governo estadual e federal e em hospitais. A arma do povo, o voto.
O meu, já valeu dois convites para ser vereadora, um café no Bianchi e um chocolate quente. E como eu queria ser vereadora mas... Seria uma voz contra mais três (comissão), não seria uma decisão minha, teria que decidir-se sobre pressão.

QUANTO VALE O VOTO? VALE MUITO

A vida não é novela onde as casas são lindas e o pobre vai para o piscinão de Ramos no Rio de Janeiro a pé (até o piscinão de Ramos são dois ônibus). Olhem o povo: Entra o Inter contra o Grêmio, vibra, entra no mercado: aumento. No “Patropi tem carná” até é bom eu gosto. E a verba: é a da sua escola que vai faltar. E a Copa vem aí, olha o voto. Vamos apresentar as nossas visitas decapitadas no pátio, chutaremos uma cabeça? Quem sabe, chama o Delegado. O país para ao ver milhões batendo uma bolinha e fazendo fiasco ao próprio país. Eu não tenho mais partido. As caras são as mesmas, meus amigos? Amigo são os dentes que também mordem. Olha a proposta “pagamos todos os teus santinhos”, ouvi de dois pré-candidatos a prefeito. Aliás, os senhores ouviram um deles disse na rádio.
Não. Não dá, eu sou povo, eu sei quanto custa o meu vício, a luz e a água. Eu sustento a UFRGS, eu como os senhores, pagamos os nobres “edis” e ainda não falei do pão.
Pago a cada dia e a cada mês o salário de um médico que chora na TV, com meu IPÊ, vocês com seus convênios ou não e, não sou atendida. Atiraram a toalha.
Me perdoem os pedagogos mas é triste. Eu não me admiro do novo “Zambiasi” viamonense, pois doar coisas com o dinheiro dos outros, é básico. Eu também pago a bolsa-família! O que eu mais me admiro, é o comércio de Viamão usar isto para abater no imposto de renda o seu dinheiro. O povo, passa a ser laranja. CPI do engano. Quanto vale o voto? O meu vale muito. Eu estudei e posso dar aulas, pois eu acreditei e voltei, e... me ralei.
Creio que não há muita saída, se espantaram tanto com as verduras, com os remédios, porque? Agora o comércio patrocina ranchos entregues na porta “telentrega grátis”.
Parabéns, nosso voto hoje é isso: Tumbas invadidas, falsos abraços no Lago Tarumã e no Hospital, “Bondes à mil em bairros diversos” e a segurança, que nem bolacha em boca de velho. Isto é a Brigada Militar e a Polícia Civil. O meu voto, o seu voto até hoje valeram zero. Eu abracei o hospital “tenho a camiseta” e não tem leito.
Acorda Viamão, está chegando a hora de pensar: Pega o rancho, come e não vote neles. Ouve e vê quem dá, se comprar em quem deu, pagará o rancho que ganhará. Vai no “niver” do ex-prefeito, paguei 15 pila. Paguei a comida que ele comprou. Bate foto como eu bati. Para, pensa o quanto vale o teu voto. Eu ganhei dois cartões de celulares, mas não votei no cara que me deu. É crime. Ladrão que pega de ladrão tem cem anos de perdão. É duro chegar nesta democracia porca onde pessoas se reelegem sentadas. Se eu pedi? Claro, normal mas o que ganhei já paguei.
Amanhã teu filhotes crescerão ouvindo falar de “antoninhos, ronaldinhos, russinhos brasileiros, andrezinhos, serginhos”, médicos ou não e perguntarão: Quem matou Odete Roitmann até porque é bom ver e não ler, louca. Quanto vale o voto? A vergonha de um povo que não tem hino, não lê jornal, não ouve rádio e quando sabe das coisas, já passou. Eu bem que avisei a ela, o tempo passou na janela e só os vileiros não viram. São tempos passados do império aonde até hoje só mudaram as barbas, a moda o resto? Igual. Um dia um presidente da ditadura militar respondeu à um repórter o que ele faria se ganhasse um salário mínimo. O último grande presidente gaúcho responder: daria um tiro no “coco”. Isto eu perguntei ao democrático senador do PT, P.P. Sabem qual foi a resposta? Nenhuma. Só cantando que país é esse. E aí, quanto vale o seu voto?

O suicídio do livro

E de repente ele surgiu, desceu de um ônibus qualquer e perdido em um trânsito inverso literalmente se perdeu.
Mas era esperto, tinha boca para perguntar. Um pouco estranho ele, corpo quadrado, braços fininhos (de luvas), pernas mais fininhas ainda (de meias e sapatos) ele iniciou a procura.
Seu corpo com o vento batia as folhas. Folhas? Sim folhas, era um livro! Procurava seu lar na vila. Coitado, será?
Parou em frente a um prédio (pintado com as cores inversas com a bandeira que ele conhecia), e perguntou a um vivente da mesma: “Tem biblioteca? Onde fica?” O vivente meio atrapalhado com a palavra, lhe respondeu: Se tem? “Eu, não sei não.” Continuou a caminhada e mais uma vez perguntou onde fica a biblioteca. Um morador da vila respondeu: “É ali, na frente daquela feira”. Sorrindo ele achou um prédio meio esquecido pelo tempo e com a porta fechada. Estranhou mas bateu, horas bateu. Então alguém perguntou: “O que que é? E lá veio a pergunta: “Aqui é a biblioteca?”. “Tá louco? Aqui não é mais”.
Com o vento batendo nas folhas que formavam seu corpo, viu o prefácio voar, doeu e o livro chorou. “Bem, deve estar em algum lugar”.
Quando viu Peter Pan, seu conhecido amigo sorriu: “Olha só! Voando ainda?”. “Sim!”.
“Onde está a biblioteca, meu amigo?”
“E eu sei, não me viu voando por aí?”. “Mas tchê, tem que ter”. “Tem nada”.
“Mas vi a foto e não encontro, mas falava só”. O Peter voava alto já, e pensava também. “Enlouqueceu, biblioteca para que?”
Alguém disse ao livro, está na cultura, desce sempre e acharás. Achou. “Nossa, tem que ser aqui”. Havia um cara de boina, quase entrando num carro. O livro o atacou. “Pera, é aqui a biblioteca”. O de boina cheia de bótons, respondeu: “ Tô indo para a saúde, aqui ficaram somente dois”. “A cultura acabou? Perguntou o livro já sem meia dúzia de páginas”. O da boina respondeu: “Creio que sim”. O livro chorando então, olhou um lago cheio de sujeira e disse: “Rasgado assim só me resta uma coisa, me atirar ali”. E assim fez.
Três que viram o suicídio do livro disseram: “Que triste”. O outro respondeu: “É, mas ficamos livres para podermos dizer: “fumo”, “viêmo” e “vortemo”, livres agora. O cara está acabado”. Peter fez um bom trabalho, só falta o resto. Aqui jaz o livro da história da vila.
A propósito, Peter Pan, Capitão Gancho e seus Grumetes estão viajando. É o pó da Sininho, pois estão voando. Tadinho do livro.

Futebol na Vila

A Vila andava parada demais, só falavam de mulinha, lanchinhos, isso aí até cansou. Aí alguém teve uma grande ideia.
    • Quem sabe façamos uma grande partida de futebol?
    • Onde?
    • Ora, na última pracinha inaugurada meu!
    • Mas qual é a maior delas?
    • Vejamos...ah, já sei: na Santa Isabel.
    • Lá? mas porque? Tudo é lá meu.
    • Por isso mesmo.

Escalando times

Cotoco, Broda, Vargas, Godoy e seus “puxas”, Kumpfer, Robson, o “perereca caindo”, Ridinho, Russinho (fora os que não foram citados).
    • Do outro lado quem é? Bem “confa” total, são muitos mas como toda boa pelada de várzea, tem lugar para todos.

A galera se agita, as bancadas (afinal se aproveita tudo, a cultura recicla), cheias.

Comentaristas e convidados especiais

Tataio (o grande), baba ovo (Arruda pai), Lasier Martins (o cara do choque) e de quebra? O ex juiz de futebol que brigou com a Brigada, obviamente se cuidando dos cães, literalmente treinados.

Entram em campo os nosso heróis. A galera vibra: ehhhhhhhhhhhh.
    • Tataio pergunta: Olha que é o primeiro:
    • Tataio, aqui no campo em primeiro quem entra é:
    • É o Siqueira colando a perereca.
    • Lasier que é o segundo?
    • Não conheço.
    • Algo a dizer Sérgio?
    • “Vamo” para ganhar.
    • Diz aí Martins.
    • Tem um de boné que se diz do time.
    • Seu nome?
    • Eu sou o Exu Funkeiro, aquele que te deu o choque.
    • Tataio...
    • Fala Martins.
    • Tá entrando um tal de Broda com uma antena nas costas, pode? E o Miguel de bombacha.
    • Tataio pergunta: O que ele diz sobre isso?
    • Resposta de Miguel: Sou o xucro de Viamão tchê.
    • Bah, mas “tamo” morto, diz Lasier.
    • Estão pedindo o hino da Vila.
    • Grita o Prefeito: Não têm.
    • Grizotti entra em ação, onde está o hino?

Madrinha do time: Carla Rosane, só nos desfiles.
    • Pera, quem é o cara lá?
    • Responde o repórter.
    • A Univias veio também.
    • Quer ver alguém derrotado.
    • Já meio tonto Tataio diz: meu Deus, e Lasier responte:
    • Tu topou:
    • Tataio: Tá mas está feia a coisa meu.
    • Tem um correndo a mil, cheio de correntes, daqui não dá para ver quem é.
    • Fala aí quem puder.
    • Alguém grita: É o Guto, escapou do caminhão.
    • O Guto, feitoooooooooooo.
E aí vem o Ridi lentamente.
    • Olhando mais atrás, quem é aquele ali, Tataio pergunta.
    • O vileiro responde: Bah, Tiago Cunha.
    • Tataio : têm time?
    • Não, é independente.
    • Larga a bola.
    • Até os espíritos neste momento se animaram.
    • O Guri de Uruguaiana veio e disse: Licurgo me dá um mate. Isto está ficando bom.
O jogo é duro, até porque roubaram a bola.
    • Normal alguém disse.
    • Alguém grita: Abre CPI.
    • Do meio do campo vem a resposta:
    • É minha, sou “ex” em tudo, sou dono de tudo. A bola é minha, só entrego com patrocínio.
Aliviando a barra, entra o mediador:
    • Meu queridíssimo leão dourado, eu dou ao senhor.
Nossa, Tataio a essa altura já perdeu o resto do cabelo.
    • Nossa, ali não é do aniversário, diz Tataio.
    • Diz Lasier:
    • É ele sim, Tataio.
    • Chama aí.
    • Dá uma palhinha aí para nós.
    • Dou (Denardin).
    • Ele entrou na festa ou não, pergunta Lasier.
    • Na festa? Acho que não. Não vi.
    • Acharam a bola, alguém grita.
    • Não.
    • Sem jogo?
    • Por enquanto sim.
A galera se agita. Guto se enrola nas correntes e diz:
    • Fora Univias.
    • Pia o passarinho.
    • Para quem ganhar este joguinho o encontro será no novo café do Bianchi.
    • Grizotti.
    • Diga Tataio.
    • E a bola?
    • Me disseram que a verdadeira virou CC. Coisas.
    • Apita o juiz, piiiiiiiiiiiiiiiii.
    • Quem apitou?
    • Nessas alturas ficou russo.
    • Gralha, gralha, gralha. Esta é a torcida da cultura.
No meio de todo este rolo, Siqueira perdeu a perereca.
    • Ficou murcha a coisa Tataio!
    • Tá, mas me dá uma posição.
    • Tá entrando devagarinho.
    • Mas é o cara do Carnaval?
    • Ele, diz Lasier.
    • Comeu pelas pontas e entra pelo meio.
O comentarista diz:
    • Amigo, está difícil de sair a pelada.
Mas esta é a moral da história, a pelada rola mas não sai.
    • Lá vem a mulherada Tataio, agora estou morto.
    • Entrevista aí Lasier.
    • E a senhora?
    • Eu vim ao bem da defesa da família, pedófilo, “véio” nojento, grita a criatura para o “ex” tudo.
    • A gordinha é minha.
    • Vai aí Grizotti.
    • E a senhora?
    • Currupaco, paco, paco.
    • Meu Deus o que é isso, pergunta o Lasier.
    • É um morango que está vindo para cá.
    • É “nóis” fazendo a festa.
    • Se salva uma aqui, diz Lasier. Ela vem devagar de salto e usa uma frase sua:
    • Voa minha águia, voa.
    • Tataio diz: assim não dá, está difícil. E me disseram que esta vila era séria. Gutooooooooooooo (sobrou para ele), é amigo do Tataio.
    • Fala, diz baixinho Guto.
    • Que baderna é esta diz Tataio.
    • Guto: deixa eu me eleger que acabo com isto.
    • “Pof”, rolou soco.
    • Foi o Russo grita a galera. E cadê o juiz?
    • “Tá” segurando a coisa para não rolar.
    • Lasier, ô Lasier e aquele ali quem é?
    • Olha.
    • Responde Lasier: dizem que é o Hortelino.
    • Hortelino, pergunta Tataio.
    • Não, não, é Jardelino.
O tempo fecha e alguém diz:
    • A partida foi adiada.
    • Buhhhh.
Univias vibra, Guto chora, o Siqueira quebra a perereca e Tataio diz:
    • Vai que é tua Taffarel.
    • Agradecemos a todos os jornalistas e bem baixinho diz:
    • Sai daqui Jaeger, depois bato foto contigo.
Vocês irão perguntar, cadê eu? Eu, estou aqui só no bico. E faço alguma pergunta à vocês:
Vocês viram o médico?
    • Está vindo aí, mas esse do médico é para outra.
Ao fundo se ouve um grito: Alguém saqueou o hino.
Obs.: o Broda suado solta a antena e o Miguel tira o lenço vermelho e as botas, e toma aquele trago.

Em nome dos espíritos

A vila está agitada, enterraram o prefeito vivo, mas valeu o ato. Os espíritos da vila andam ouvindo tanta bobagem que até arrepiaram os cabelos. Os negrinhos da lomba, aqueles que lutaram na grande guerra gaúcha ou sulina se engasgaram com canha.
  • Negrinho! Não me passa o mate, me passa a canha, estou apavorado.
  • É mesmo patrão, está difícil. Mas o que que houve afinal que não estou entendendo.
  • Apareceu nesta vila uma tal da paranormal, com uma tal de consulta bem baratinha, 250 mil réis. Além de tudo isso, culparam essa que escreve sobre a gente de uma tal batuqueira!
  • Mas patrão, ela é!
  • Se sabe, a vila sabe, ela não esconde.
  • E quanto ela cobra patrão?
  • Olha negrinho, ela nem faz o que já sabe fazer. Mas ela soube de uma coisa terrível, negrinho. A tal paranormal é uma vigário, como diz aquele que “cospe, sua e que transforma um tal de xis em camarão”.
  • Mas patrão, ele anda com uma coisa que fala por toda a vila.
  • Eu sei mas ele fala dele mesmo.
  • Patrão, o que aconteceu? A tal “muié” que fala dos “espírito” foi presa. Ela não ouve e nem vê nada.
  • Mesmo patrão?
  • Mesmo negrinho, tem até retrato dela entrando num carroção com o dito vulgo marido.
  • Mas patrão?...
  • Fica quieto negrinho, me dá canha (este tiro “atrapaia” e perco metade dela). A tal chapa (foto) mostra a “muié” presa.
  • Tá eu entendi e esta que escreve aqui?
  • Ela “tá” contando a história negrinho burro. Chamaram a coitada de periquita.
  • E ela?
  • Ficou meio entreverada e chateada mas continua contando a nossa história.
  • Patrão, quem é o “Ozébio”? E quem é uma tal de “tia”?
  • O “Ozébio” é um que ensina musiquinha de menina.
  • Mesmo?
  • Atirei o pau no gato, o coelinho da páscoa.
  • Mas patrão, isso é coisa de “muié” fêmea não é?
  • É negrinho, mas a tia e as sobrinhas são chinocas “mui” finas e nem daqui da vila são.
  • Patrão.
  • Diga.
  • Mas este homem é “terriver”.
  • Não é não negrinho.
  • Tu sabe onde é um tal de Foro?
  • Sei sim, agora tem dois.
  • Pois tu entra lá como quem não quer nada e tira tudo que tem dele lá. Até porque negrinho, eu vou ajudar a moça que está escrevendo.
  • Certo patrão.
  • Eu acho que vou até aparecer pra ele, “vamo vê” se ele me vê.
O espírito do negro deu uma risada das buenas e “goleou” mais um trago, limpou o que saia do furo da bala e bebeu.

Na mesma panela


Juntos e misturados todos. Gostei do Guex falou bem. O cara do IPTU é pré.

A idéia do intendente: A idéia ditatorial. “Juntamos todos e fizemos uma chapa única”. Eu não disse: contra ele só o Nascimento e seus caveiras. Olha ó que estranho. Quem juntava merda era eu com a pá, agora o partido do intendente junta a escória viamonense. Saiu lambidinho na foto. Era padeiro e o pai foi vereador. Não era “louro” mas se chamava Zé. Eu sei que estou um pouco séria, mas não se brinca com vidas. Não se mente ao ser humano que procura ajuda. Não se pede à alguém aquilo que não tem. Obrigada ao meu pai por ter me feito assim branca, negra, parda, batuqueira sim, vigarista não. A vida é linda loucos a fazem triste. A auto-afirmação é a insegurança. A loucura esconde um chinelo fraco, covarde que se pode enquadrar na Maria Penha. Senhores políticos: este homem é a escória do ser humano, gruda o nojo, dá vontade de vomitar. Mas o que é dele está muito bem guardado. Vou tomar meu chima, fumar meu pito, falar com meus amigos, cuidar da minha vida e ajudá-los. Amigo é para isso. O que eu tenho de saudades é do tempo do pau-ferro. À todos os policiais civis: ele é a vergonha da guarnição.

Dando um girinho

Bem, a coisa acabou. De “cousas” no ventilador durante um bom tempo na TV e no rádio, o “Cara deitado eternamente em berço esplêndido” tem um presidente feminino no poder. Dilma Lula da Silva, já inicia bem não atendendo o Obama “aquele que chamou o cara de cara” ao telefone pois, dormia. Não foi muito fácil não aqui no sul, o mala eleito terá que explicar o que deu de errado, ela perdeu. Na vila também. Já avisei o intendente que já iniciou uma, de mudanças e eles vão ter que explicar. Tinha até fiscal na minha urna. Para que? Creio eu para não perder o CC, mesmo assim na vila ela perdeu. Lentamente o país vai despertando, espreguiça, boceja e mostra como um bebê o despertar de uma história.
A história dela é igual aos outros, foi pobre, presa, etc. Mas uma coisa me preocupou durante este tempo: Cadê a primeira dama do presidente? Temer é um problema.

Especulações na Vila

Um Marques entra ou não na CEEE. Depende do frio “Julho” que, certamente mamará nos fios de alta-tensão da própria. Mas imaginem o Marques ouvindo isso: “No Jardim Krahe faltou luz”. “Aqui é o Comendador, levanta meu poste”. Babando como um octagenário “oitenta” o outro só elogiará. O queridíssimo rugidor me ajudará. Coitado do Marques. Surge na mesma a fera, tatuada. Acredite, a auto-afirmação é tanta que votou com três carteiras: Professor, ex-policial civil e quem sabe a outra?
Mas aqui está o miado do gato, cuidado leão pois quem caça é a leoa. O leão é lerdo come primeiro que os outros e deixa o resto. Gosto muito é da hiena, ri em “off”. Mas o rugido sempre se torna miado frente ao perigo. Eu me pergunto: O leão é afagado ou apagado. Em meio às obras do PAC o outro está “gel”, falta água, usa a rádio difusão e deu. Também reverencia o que será um dia um “miadinho” de gato.
Pisaram no alemão do Jornal, ta uma coisa. A mulher de alguém foi para a rua da “prefa”, por um erro do marido, pode? Pode a caneta existe. Me disseram a boca pequena que a esposa negou ser casada e ficou. Facção diferente. Como a fera está fora resolveu se juntar com outro que já deu um fora. Na Grécia caríssimo havia voto sim, com pedras. A Grécia é o país da verdadeira democracia e votava. De jornalista todos temos um pouco, mas fica claro uma coisa, eu apenas sou uma colunista. Quando o rugido foi ouvido arrebentou o pau na RBS, não viu os comentários pró-presidente às 12h na tv e cerrou errado o gueto que trabalhei conforme carteira assinada. Mia gatinho.
Colunista novo sobe no tribuna e imita o octagenário não baba, mas cospe “cuspe mesmo” e dá apelido a edis. Coitado um ou outro, são terríveis mas nem tanto sabe. Não levou a fita.
De chinelo em chinelo sou mais o dia a dia do que tribuna mas, o povo falou: Viva o tiririca. O leão malhou, mas o gatinho gostaria de ser o próprio. Já imaginaram como deputado federal? Bah, o intendente ficaria feliz, estaria livre do ronronar do cara.

Olha que lindo que fica

O Leão ruge mas não caça.
O gato mia, ronrona e adora ratos.
O que é não diz, o que diz não é.
O da bodega, ganha no bicho e come como um porco.
O Tom vira Jerry.
O carteiro decide, vou ou não para vereador.
Dedo some.
E a hiena sou eu, dou risada.
A propósito o presidente de uma certa tal juventude anda confuso: Não sabe se fica com o Mano ou vai orar com a Rosário. A pergunta é: verdade ou mentira?
A verdade, o salário? A luz aumenta, falta bóia, há emprego e muitos não conseguem o mala foi;. Ela também foi. A hiena ri. Parabéns: aos palhaços do país “possuem representante”. Mamães o leitinho está garantido, é só parir. Parabéns ao Brasil que 21%, 21% branqueou, sinal que está acordando. A hiena ri.

Charla dos Espíritos

269 anos a Vila é antiga. Cadê o bolo? Ninguém sabe, ninguém viu. De repente fpoi acometida de um vento que as almas heróicas enviaram. Não houveram marchas mas, algumas festas tiveram.
Nas trincheiras do Tarumã alguns espíritos gaudérios iniciaram uma charla. E vamos a ela.
“- Tchê o que acontece aqui? Nós não lutamos?
  • Lutamos.
  • Mas quem são esses aí vestidos falando por nós?
  • Olha, é um tal de Intendente e uma tal de UTV.
  • Mas o que é isto?
  • Pois não pergunte porque também não sei.
  • E quem é aquele ali? (apontando para um engravatadinho).
  • É o tal de prefeito.
  • Aumenta o vento (grita um negrinho indignado) e, o vento aumentou.
  • Nós estávamos nus e estes? Estão com essas coisas que nem sei e nunca vi.
  • Cala-te e vamos ouvir:
  • Aqui tombaram os heróis da Setembrina dos Farrapos, aqui está a chama”.
  • Mas que chama é esta?
  • É a que “inventaram”.
Ao longe ouviram risadas, eram uns de tamancos, lenços, saias, falando estranho.
  • São os portugueses.
  • Pois é, esqueceram deles.
  • Bem, neste entrevero todo me disseram que tem bolo. Viste algum?
  • Olha pois, ó negrinho não terá.
  • Mas então?
  • Aumenta o vento”. E o vento aumentou.
  • Vou andejar por aí.
  • Espera, ali vem o Tinoco todo baleado, tem algo a dizer.
  • Meu comandante? Lá nos campos de fora fizeram algo enorme e só pude entender ventura.
  • O que tem isto agora?
  • Lá tem tanta comida patrão que dói o estômago de um triste espírito.
  • São farrapos?
  • Qual nada, tem um branco e aquele que “tava” aqui também foi lá.
  • Este tal de intendente?
  • É o que se diz patrão.
  • Qual pois, disseram os portugueses: Dizem que este manda em outros mais nossa pois, saudades da vila.
  • E não é? Negrinho! Senhor? Que mais vistes?
  • Outra festa patrão.
  • É de um tal de Geraldo também nesta ventura.
  • Me passa o mate.
  • Te avisei que era mentira a liberdade prometida.
  • E o taura vem?
  • Quem? O que canta?
  • Este.
  • Não, não lhe deram as patacas.
  • Hummm.
  • Aumenta o vento.
  • Se foi a luz.
  • Ora pois, acendam as velas. Dançaremos o vira.
  • E nós vamos olhar aquele do capincho e dos casários.
  • Se for taura não se arrepia.
  • Patrão, aí vem os índios.
  • Bem, a festa então é nossa.
  • Pois é deixa assim, lá estão os bodes, cavalos. Sei lá o que é aquilo ali.
  • Tchê, dizem que chamam de moto.
  • Me passa um mate.
  • Não tem mais água.
  • E espírito necessita de água, pois nem libertos fomos. E grita o negro farrapo: manda chuva pattrão.
E a vila recebeu do céu tanta água e vento que nem a missa saiu. O bolo não teve, eram os verdadeiros tauras que choravam. A festa acabou.
Parabéns Viamão, duzentos e tantos anos e teus espíritos choraram. O bolo sumiu e o Peter mesmo em meia fase de luz tomou café com o “casários”, sorrindo e faceiro afinal? Ele é o intendente. Chora cultura.



Cacareco

No meio de caras amassadas, desgastadas da vila, o povo vileiro sente-se perdido. Quem será o próximo para votar? Um abraça a rodovia, o outro abraça o lago fedorento cheio de merda até dos dirigentes da própria vila.
No hospital manda o “docinho” e de Porto Alegre, o dono atira a toalha literalmente. Na cidade dos pés juntos, covas invadidas pela água, roupas e sapatos navegam água a fora e a vila fede. O povo vileiro clama por uma cara nova. Os espíritos lombeiros também solicitam isso. De repente um ônibus pára na possível e improvisada rodoviária. Abre a porta do ônibus e descem vileiros um pouco espantados, atrás: um senhor “rosa”, gordo, desce. Um pouco estranho, um enorme nariz, orelhas imensas e um peso de mais ou menos uma tonelada. Na mão, uma pequena pastinha. Como toda boa vila as portas e janelas se abrem. Carpiteiros de saias e também calças se perguntavam quem é?
O “ser”
desceu, olhou, saiu a passos, percorrendo as ruas da vila, tentou entrar na casa do povo. Não cabia nas cadeiras mas ele tinha o dever de experimentá-las. Tentou achar a saúde, não deu estava em reunião, o intendente ele não achou, olhou, suspirou e abriu aquela pastinha que parecia mágica, e aí: Começou. Seria o Sassá Mutema? Não. Cacareco, enorme, gordo, feio mas, novo. Cacareco procurou o que? A cultura e achou aquele livro rasgado. Foi em busca da eguinha e a encontrou e disse: Calma, resolveremos. A eguinha duvidou mas como é cara nova, quem sabe. Os espíritos, se assustaram até porque nunca tinham visto coisa semelhante.
    • Mas será?
    • Vamos tentar. Cacareco.
Alguém disse: Cacareco é coisa de brinquedo ou coisa velha amontoada num canto. Cacarecada. Será cacarecada? Olha, quem sabe se tenta.
E o Cacareco caminha lentamente pelas ruas da vila com suas literais toneladas, caiu num bueiro semiaberto. Levanta lentamente até porque mortalmente pesado, quase ficou entalado. Foi até o hospital. Tadinho ganhou uma pulseira da sua cor, rosa. Cacareco em desespero solta um som que só na África se ouvia e, todos correram apavorados, até aqueles de branco. Em pensamento Cacareco disse: Estudarei isso também. Fez um curativo e deu, era o projeto. Fecha a enfermaria. Enquanto isso os espíritos bebiam desesperadamente de medo pois o grito do Cacareco era incrível. Mediante a tudo isso uma reunião foi feita. Vileiros começavam a ficar fãs do Cacareco. Rosa, gordo com enorme narigão, orelhas imensas que podiam ouvir muito bem e um detalhe, comia pouco. Só amendoim. Vamos entrevistar o novo? Entrevistas com Cacareco.
    • Conhece o padre?
    • Não.
    • O intendente conhece?
    • Não.
    • O presidente da casa que a gente não entra, conhece?
    • Não.
    • Conhece algum jornal da vila?
    • Não.
Os vileiros se olharam e perguntaram:
    • O senhor é daqui?
    • Não.
    • Afinal, quem é o senhor?
    • Eu sou o Cacareco.
    • O senhor promete alguma coisa?
    • Não.
    • Eu sou o novo, não sou os amassados.
    • Qual é o seu partido?
    • De todos, inclusive dos animais.
    • Afinal de contas, o senhor vai fazer o que?
    • Inovar, inovar, inovar.
Lá na lomba os negrinhos espantados diziam:
    • Bueno, é diferente ele. Até estranho mas é novo.
    • O povo gosta de estranho, né?
    • É.
    • Então “gritemo”: Cacareco.
Cacareco de repente dá seu som (bramido) horrível e o povo corre. Mas, pega uma bola faz gracinhas e faz com que as crianças sorriam. Isso é bom. Qual das duas rádios fará a segunda entrevista com Cacareco? O Broda? Ou o Lindo, lindo? Vamos ver, será difícil.
O Cacareco é um cara versátil. Gordo, bonito e feio, e até já fizeram uma música em homenagem a ele. Adora amendoim, o cérebro é muito pequeno mas quando fica bravo, saiam da frente. Com seu grito terrível, ele chama a família e como boi derruba tudo, como uma manada. Ele salva a vila. Que caiam os velhos e entre o Cacareco.
Inovação no Portal

Bem-vindos a terra do nunca. Vote em Cacareco, é carioca. Comida preferida: Amendoim e açúcar. Se ele tem dentes? Até tem mas, as unhas são muito curtas, nem tem. Não as colocará de fora, rsrsrsrs. O Cacareco é a esperança da vila. Podem apostar em mim. Número: 2014 para uma inovação melhor.

Aniversário de Viamão

Amanheceu na vila, algo “importante” no ar. Os espíritos, estavam cheios de premonições, resolveram mandar um vento tão forte que nada parava.
Esperávamos o que? Mostraram ao Rio Grande a guerra fria na vila, não respeitaram a coitada. Sofrida Viamão este texto é teu.
Te adotei há 23 anos, pacata, serena, básica. Vila açoriana, histórica e tapa-se de vergonha. Não fique triste dona Julieta Pinto César. Não foi somente a senhora que foi esquecida.
A ETA não existiu e os Lanceiros choraram. O que vimos? Outro choque do Lasier. Iniciou eufórico e acabou crítico. Alguém viu a Câmara? Errada em suas cores sim mas, Câmara. Quem estava lá? O Prefeito e seus vassalos. Como nunca passaram além do Balanço Geral, eram estátuas puras e vivas, cruel.
Onde estava a ACIVI? Sindilojas? Briguem depois, Viamão está triste, 270 anos. Foi chamada de Xucro de Viamão, tadinha de nossa vila. Não chorou mas rodou a baiana que a Ranzolin desconhecia o vento que aqui se deu. Vai o meu repúdio ao senhor que cuida do Itapuã até, porque desconhece que um macaquinho chamado Bugio não é o símbolo da vila e sim São Francisco de Paula, me poupe.
270 anos os açorianos vieram por um rio, sabiam? Mas não do Rio Grande. Socorro Paulo Lilja. O mestre do clero fez política, chora rainha do senhor. A praça não mostrou os seres humanos à deriva da sociedade viamonense, nem o mal cheiro até porque TV não exala odor. CTG's estáticos ao vento, cruel. Uma capoeira vileira pouco explorada e terminou em samba. R$ 100 mil, foi triste. Maquiaram tanto o intendente, que parecia um bonequinho de cera de museu. Senti falta dos que gritam contra ele mas eu fui ao “Face”. Foram vários ao “Face”, fiascos, muitos fiascos. Fazer o que? Tentar poetar. Dizem que poeta é triste, quem sabe sai um.

Amanheceu e o vento era leve, uma brisa,
O sol nascia lindo, era meu aniversário
Tão antiga sou, mas sorri ao ver o dia.
Janelas se abriram para me ver.
Abracei o passado e ignorei o futuro.
Vi campos verdes de guerra,
Chinelos na rua e tamanquinhos batendo.
Sonhei com Julieta, Tapir e outros,
Eram lembranças.
Vi um hospital tão lindo e não olhei o feio.
Esperei o bolo e ele não veio.
Nem arroz com leite eu comi sentada,
Eu sou a vila de tantos que se acham com saúde e os drogados.
Eu abro os meus braços a todos, eu sou grande, eu posso
Minhas águas? Límpidas.
Um sonho, são sujas.
Mas quem sabe uma missa,
Abra a igreja, vazia.
Quantos batizei aqui, não tenho conta,
E o bolo não veio.
Vejo hoje outra guerra pobre
De poderes cruéis.
Ninguém ouviu o choro do meu povo,
Eu chorei.
Eu sou a vila,
Triste, chocada e perdida.
O chefe, é índio os outros também.
Desculpem, estou amarga.
Hoje no meu dia, ninguém dançou o “vira”.
O que esperavam de mim? Não sei.
Abriguei todos e me fizeram de boba.
Antunes Pinto, perdoa,
Não te conheceram e ali na tua maternidade eles nasceram.
De um livro vi minha história mal contada.
Mas o limo tapa a verdadeira.
Tropeço em buracos e sirvo de chacota:
“Sai da frente Viamão”,
Meus quilombos,
Meus índios,
Morrem a beira da estrada.
Eu estou triste, nem todos os meus aniversários foram assim.
Meu povo perdoa outra guerra, me amem
Respeitem esta vila velha que chora triste
Não deem aos estrangeiros um presente bonito, não deem.
Paciência é um dia comum, com vento, sol e triste
Sou vila sim, Viamão.
Choro por não ser linda como sou, abro meu pala e abrigo quem chega.
Parabéns a mim mesma.
Vou deitar ao som de bandas do que poderá ser o meu futuro.
Mas confesso que senti muita falta de um parabéns a você.
R$ 100 mil para que, não contem vantagens imaginárias.

Assinado

Viamão.