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quarta-feira, 27 de junho de 2012

O EXÉRCITO VIAMONENSE



Me disseram que na terra que eu chamo de vila, não há exército.
Puxa! Não? Não. Bah! Que coisa meu, mais de mil jovens e não tem?
Não.
Mentira, eu estou vendo um bando de pessoas em treinamento com ou sem táticas de guerra ou coisas parecidas. Existe sim, o exército de Viamão que será descrito agora:
De uns tempos para cá eu tenho ouvido inúmeros tiros, todos literalmente domingo.
  • Tchê, eram foguetes.
  • É que aqui a grana “tá” curta, em vez de bala de festim, treinamos com foguetes mesmo.
  • Mas é pólvora não é?
  • Ah, é.
Resolveram convocar os jovens para fazerem parte do exército e, como em todo o lugar, foram divididos em batalhões. Os mais espertos se tornaram ditadores e treinadores dos jovens.
O primeiro, para a surpresa de todos, saiu do Clero, Sargento Flores. Seus discípulos, jovens todos fardados como se fossem coroinhas o seguem. Mas o coronel já estava crescidinho e se chama Geraldinho com sua gleba de clube de mães, até porque o exército já possui mulheres.
  • Elas são o que?
  • Olha, pessoas que adoram chás com bolo doado e picuinhas de mulheres noveleiras, não são mulheres quaisquer, umas são até cadeiras cativas de conselhos de mães e vivem a vida inteira com o soldo abastado.
Em todas as reuniões do exército, vieram da capital “chama pessoas” importantes chamados de deputados. São macacos velhos do armamento gaúcho. Aqui não é a Setembrina dos Farrapos? Claro! Eu só não vi os espíritos dos mesmos “Farrapos” mas provavelmente o nome deles falaram. Surgiram caras novas? Bah! E desconhecidas, até dos caras que nasceram aqui.
O outro batalhão adotou um coração antigo com outro nome. Pegaram o homem das leis e um ex-governista e formaram o tal frentão. O cara do Cesi é o tenente que manipulará o soldado novato. Como já foi multado, fez menos tiroteio que os outros no treino.
Mas onde é o campo de treinamento?
Depende dos sargentos, por aqui neste, ninguém apareceu. Onde era o quartel general das reuniões dos grandes, todos deram o foro, afinal pelo nome só podia: Peregrino.
O comandante geral da terrinha apelou:
  • Cara, tu és batuqueiro?
  • Sou.
  • “Qué” o teu CC eterno?
  • Quero.
  • Então eu vou dar ordens no teu terreiro, tá?
  • Ta.
  • Deixa comigo, leva o pré soldado que eu dou um jeito.
Pasmem em plena festa de Oxalá, o coronel apareceu e com ele seu estafeta.
Dédo, o Washington te ganhou. Tu deves um galo e o Washington deve até as calças para todos os orixás. Depois da canja, o general entrou de preto, de sapato até porque não sabia que nesta festa se vai de branco e descalço. Mas vale tudo no exército mal informado. Esse batuqueiro é 171. Nesta altura do campeonato os orixás se olharam e disseram:
  • Afinal esta festa é para nós?
  • Deveria, respondeu um bem velho.
  • Tá e aí?
  • Querido, a coisa mudou. Deixa eles assim, depois se dá uma rasteira. Está bem a chave é minha.
Em um canto calado, gel, alguém pegou um doido entregador de pizza de deputado e deu. Surgiu mais um batalhão. Este batalhão é iluminado pelo sol. O cara, vice é meio pancado, conhece o Tataio, o Orçamento Participativo, vende imóveis e em protesto a bóia mal feita no quartel ficticio, se acorrentou em um caminhão e acabou com o pedágio. Soldado valente este. Sumiu e voltou. Este batalhão é um perigo, se der a loucura no acorrentado, nem o Lasier Martins segura com choque. O exército existe com pessoas que não conheciam nem a Julieta Pinto César. Jovem sem conhecer a história da vila, viram surgir do assentamento outro cabo. O cabo um sentiu-se traído, fazer o que? É a briga pela listinha de uniforme. Eu ainda digo que o Capitão Nascimento é o cara. Esse só pode vir do povo, até mesmo porque o próprio povo comerá vômitos de idiotia a cada clarim que tocarem na vila. Já servi neste exército, continuei soldado raso, comum e também meio doida.

Chamamento:

1- “Ccs” batuqueiros.
2- Pessoas religiosas
3- Movimentos GLS
A guerra inicia e é divertido mas de preto nunca, atrai coisa ruim. Nasceu então assim a história do exército que ninguém conhecia. Parabéns ao noveleiros que ficarão para a “terceira”.

Nomes de guerra:

Washington: presidente.
“Gerardo”: coisas gerais.
Pachequinho: Portuga.
Canela: Osso.
Coração: De frango.
Tinho: de Bonatinho.
E como é o nome do acorrentado? É um nome nobre: Augusto.
Faltou mais alguém? Sim, ele é o dono do Sol. Tem nome de alemão da segunda grande guerra, Romer, um grande general e óbvio o Creisson que todos nós já conhecemos. Este vai ficar devendo uma vela para cada santo. Vocês querem saber o nome de guerra do próximo indicado pelo Creisson? Puxa-saco é básico, que tal o sombra que imita todos os gestos.
Última hora: Denarc em Viamão. Procurando quem?
“CC” do Conceição, Branco é visto com um jovem sem terra em pleno horário de expediente.

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